Procuro ínfimos símbolos,
qualquer prenúncio
no tempo,
também o universo conspira,
nenhum vento sopra
nuvens,
nem folha cai.
Busco
em epigramas escusos
ou em qualquer epígrafe
algum indício
nos poemas teus.
Olho
o fundo da xícara,
marca deixada
do café -
obscuro sinal
a dizer-me o que não sei
traduzir.
Fevereiro,
23 de 2012
Fotografia, Sidarta
a marca do café, um sinal.
ResponderExcluirum bom sinal.
tentei seguir o blog e não consegui.
magoei.
:-(
A origem da leitura divinatória pela borra do café se perde na noite dos tempos, mas ela continua ainda inspirando belos textos poéticos... Como este teu aqui, Marlene.
ResponderExcluirBelo no título, saboroso nas sonoridades, misterioso no conteúdo. Meus parabéns, querida amiga!
Um abraço com carinho, bom fim de semana.
André
MARLENE,
ResponderExcluirseguindo você aqui, também!
Quando nós nos perdemos, as referências nos escapam , as trilhas se apagam após chuva torrencial inesperada de insólitas lembranças e fazendo-nos ingratas surpresas,o chão se abre e neste movimento nossos pés desaparecem, a sensação é trágica!
Tragédia, no entanto que nos aponta para a reconstrução.
Quando tudo desaba, resta a certeza de que é preciso viver e procurar novamente "ínfimos símbolos/ qualquer prenúncio no tempo,..." antes que a conspiração universal nos engula.
O momento é agora!
Um abração carioca que ama aberta, escancarada e eternamente esta nossa Itajaí e pelos motivos mais confessáveis,afinal sou amante da beleza.De todas!