Manhã de sábado:
um som de sax
da casa ao lado -
abrupto,
irrompe o ar.
Abro a janela
e os cômodos todos da casa
dormem.
Esqueço o armário de louça
aberto;
estupefatos,
ruídos cessam
e a rua
nua
veste-se de acordes,
enche de graves
tons do sax
a muda manhã.
Fevereiro, 4 de 2012
(Imagem: fotografia de Marlene Edir Severino)