quarta-feira, 11 de julho de 2012

Da madrugada insone





Velhos anseios
à tona

incertezas tantas
cegueira
de quarto escuro

tateia
insone na madrugada
esbarra em móveis

e objetos fora de lugar
enrodilham-se
nas correntes

que arrasta
por toda a casa


Aquarela, Marlene Edir Severino
Julho, 07 de 2012


6 comentários:

  1. Mais um dos seus belíssimos poemas! Bjs

    ResponderExcluir
  2. A aquarela é linda e o poema parece o caminhar no escuro quando não nos encontramos nesse vida.Lindo também o poema, beijos.

    ResponderExcluir
  3. Noites de insónia ...tantas...tantas, a trazer correntes que desfazem os sonhos.
    Adorei o teu poema.
    Beijo
    Graça

    ResponderExcluir
  4. para estas tua madrugadas convergem as cores da vida como ela: em agitação "muscular / sobre a torção interna".

    beijinho!

    ResponderExcluir
  5. A procura é a forma mais natural do ser humano em se tentar situar. Assumir a nossa cegueira é a melhor forma de começar a ver...

    Beijo :)

    ResponderExcluir
  6. Oi, Marlene!

    Lindo seu blog. Linda a sua poesia!

    "Velhos anseios
    à tona

    incertezas tantas..."


    Me identifico muito com a poesia intimista.

    Beijo e abraço! Parabéns !


    Tania Anjos

    ResponderExcluir