terça-feira, 7 de junho de 2011

Inseto Na Poça D'água




O dia a empalidecer da janela,
frio anunciado,
escorrida hora, lenta chuva
e um inseto nada

na transparência da poça d’água.
Consumido dia.
Sussurros da chuva na janela
a abrir silêncio. Voo da alma:

fio suspenso, teia,
aranha equilibrista,
úmidas pegadas de inseto na calçada.

Adequar o pulsar à pálida face
da noite que inicia. Lua escondida
entre nuvens no lívido céu.


(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Maio, 19 de 2011

3 comentários:

  1. Poesia leve, relaxante, no mesmo tom de tuas belas aquarelas. Quanta arte! Admito-te! Paz e luz, querida, e obrigada pela visita ao Pensamento Indelével, serás sempre bem-vinda!

    ResponderExcluir
  2. Muito cleen^^ adorei, perfeito pra se relaxar e refletir sobre coisas simples da vida...

    Estou seguindo, se puder retribuir, ficarei grata :)

    Bjokas


    Nathacha Jéssica


    passa por lá

    www.medicinepractises.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. maravilhoso poema, e a imagem também pela simplicidade e beleza. bjo

    ResponderExcluir