domingo, 3 de abril de 2011

Que Partiu



Madrugada que se arrasta,
o som da chuva na vidraça
e a escorrer lá fora
telhado abaixo

ensurdece ruídos
de cômodos vazios.
Dos balbucios da calada madrugada,
fica o descompasso

do desolado silêncio
que partiu.

(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Abril, 2011

4 comentários:

  1. Eu!
    A vida me pariu
    e depois,
    me partiu.

    Meu beijo, querida.

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  2. Uau! Uma perfeita integração entre a imagem (belíssima) e o texto. Sentido na pele, amiga!

    beijo.

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  3. Sem isso tudo e sem esse nada como poderiamos ser poetas? Desce chuva para lavar o telhado da amiga, para inspirar os passos na direção do teclado e desenhar seus momentos como dasabafo poético. Vejo que você também tem seu divã escrito, onde o terapeuta é a própria palavra.

    :) ++ (:

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