quinta-feira, 14 de abril de 2011

Azul Traço



Anônima transeunte
nem marcas deixam
meus passos
pela rua
e no caminho ouço
eco de passadas
ocas
nuas no chão

Respiro silêncio
quebrado
pela minha pulsação

Nas ruas o muro alto
espreita
encontra-me sua sombra
sombrio vagar

Transporto-me neste poema,
de azul traço engarrafado
atirado ao mar.

(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Abril, 14 de 2011

4 comentários:

  1. Muitas vezes passamos despercebidos pelas ruas da solidão, beijos.

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  2. "azul traço engarrafado atirado ao mar"... que bela metáfora... Escreves aquarelas e pintas poemas. Muito bonito mesmo...

    Beijo, amiga!

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  3. [e o mar que foi inventado para transportar a mensagem,

    a traçada linha, na linha do horizonte

    dentro duma garrafa, peito adentro]


    Com um imenso abraço, Marlene

    Leonardo B.

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  4. azul
    norte e sul
    azulejando
    de marinho escuro
    um bem claro
    e nítido
    azular
    de cor.

    Meu beijo, querida.
    Samara Bassi

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