segunda-feira, 9 de maio de 2011

Desassossego





Num trôpego desassossego
feito pedra solta
quase arrancada da areia,

a esmo

prego meu apego,
diluo entranhas na casa:
mistura de desapegos, cegos tropeços,
apegos parcos,
vãos apreços

diluem-se no vão das frestas,
se vão com o vento,

mas incansável rego:

sôfrego córrego
de tanto desassossego.


(Imagem:Aquarela de Marlene Edir Severino)
Maio, 08 de 2011

Um comentário:

  1. Muito bonito! Um ritmo muito bom, que deixa a leitura extremamente agradável e um uso muito coerente da temática.

    beijo, amiga!

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