terça-feira, 29 de março de 2011


Teceduras


O vento destroçou

a teia da aranha

Indiferente


tece, recria

com calma

tudo novamente


Olho a aranha

teço palavras

sonâmbula


fixo no papel


De sonho vazia


(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)

Março, 29 de 2011

2 comentários:

  1. a vida tece
    aparece
    emudece
    reaparece
    vai unindo
    dia a dia
    poesia
    fio a fio
    vento e frio
    vai tecendo
    e se compondo sempre.

    Que belo, marlene.
    Meu beijo.

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  2. A sensação de tédio em contraposição à necessidade da contínua reconstrução.

    Gostei muito, minha amiga!

    beijo!

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