sábado, 26 de março de 2011

Desvanecido Instante

Cada gota de tinta
diluída em água
absorvida no papel
tatuada
funde-se ao silêncio
quebrado
em cada palavra teclada.

Limite da palavra
ilimitado pensamento
tinta desordenada
rompe limites do papel

invisível fala
silenciada em cada tom
da aguada

instante quase sem som

traduz
gota a gota de tinta
palavra por palavra

desvanece
o instante

sem traduzir este silêncio...

(Imagem: aquarela de Marlene Edir Severino)
Março, 26 de 2011- 22h05

2 comentários:

  1. Bebo a tinta,
    como se palavra
    fosse um vinho tinto.

    Belo, Marlene.
    Beijo Meu.

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  2. Alguns poemas e pinturas não se traduzem, apenas se sentem. É a isso que vêm. E é isso que me transmite seu poema. Belo!

    Beijo, amiga.

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