domingo, 2 de dezembro de 2012

Da moldura





Na ausência  
do retrato

marcada presença
do azinhavre
no metal da moldura

Indefinido
é o tempo
agora

dias de dedos sobre o teclado

se imprimindo
escrita
marca que não se apaga
e vai se somando
a outras tantas

nódoas
cicatrizes subcutâneas
incrustadas camadas

transparentes

(ausentes no retrato)


Abril, 13 de 2012
Fotografia, marlene edir severino

4 comentários:

  1. Amigo(a) leitor(a) visite o link abaixo e conheça o e-book do concurso haicais de marte, o qual tive a felicidade de vencer com meu haikai “Arrozal” na categoria clássico. Leia o e-book e deixe seu comentário, ele é muito importante. Desde já agradeço.

    http://haicaienaomachuca.blogspot.com.br/2013/01/haicais-abduzidos.html

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  2. Um poema de grande sensibilidade, Marlene, uma leitura "por dentro" que muito me agrada. A imagem de tua autoria funde-se harmonicamente com o poema (ou seria o contrário?) e faz do plástico o imagístico, e vice-versa.

    Admirado estou de tua arte, parabéns!

    Meu carinho, um abraço.

    André

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