Domingo.
O dia se desprende,
vagarosamente escapa
pelas beiradas da espera,
água-viva
lenta, solta no mar
da Praia Brava.
Bocejo
do teu insonoro e desolado
falar sem palavras:
sem corpo, sem cheiro
sem pele,
nem espero.
Acho que não quero mais.
Fotografia de Marlene Edir, Praia Brava
Publicado no Céu de Abril, Maio de 2011
Um domingo tão belo, ainda que de desistências....
ResponderExcluirBeijos, Marlene! :-)
Pois acho que ainda deverias querer.
ResponderExcluirQuerer sempre.
É muito difícil traduzir em palavras, em um texto ou poema, a vaga sensação do se decidir diante de uma espera. E quando esta se faz, por sua vez, também imprecisa, toda inspiração se faz silêncio.
ResponderExcluirNo entanto, Marlene, em tua inspiração, o vago da espera fez-se poema. E belo.
Um abraço com carinho,
André