Domingo.
O dia se desprende,
vagarosamente escapa
pelas beiradas da espera,
água-viva
lenta, solta no mar
da Praia Brava.
Bocejo
do teu insonoro e desolado
falar sem palavras:
sem corpo, sem cheiro
sem pele,
nem espero.
Acho que não quero mais.
Fotografia de Marlene Edir, Praia Brava
Publicado no Céu de Abril, Maio de 2011