De tanto olhar o céu todos os dias, escolhi o de Abril como o mais bonito: leveza tamanha de nuvens brancas sobre um azul indescritível!
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Papel Amassado
Rotineiro dia,
tanto nada:
de tantos pássaros no final da tarde,
um vento que bate a veneziana,
a folha que plana
antes de juntar-se a outras no chão
e as árvores cada vez com menos folhas.
Um nome pronunciado, quase sussurro
a não quebrar o silêncio. Sopro
da mesma ausência de outras margens.
Palavras escritas além das margens do papel,
equivocadas, ilusórias.
Minha boca seca na quase ausência de som.
Papel amassado
guarda alguma poesia.
(Imagem: aquarela de Marlene Edir Severino)
Julho, 08 de 2011
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E a poesia permite esse desabafo! Um belo poema!
ResponderExcluirEste papel amassado é tão importante para nós poetas
ResponderExcluirbeijos