De tanto olhar o céu todos os dias, escolhi o de Abril como o mais bonito: leveza tamanha de nuvens brancas sobre um azul indescritível!
terça-feira, 21 de junho de 2011
Fel
É madrugada,
a rua dorme,
tanta quietude não me deixa dormir.
Arde vida
debaixo de cada palavra
que escrevo,
fica pulsando
em mim,
e nesse instante
quero que fique presa,
assim me desobrigo
do que não vou dizer
melhor que este silêncio.
E sorvo a inutilidade,
a não-palavra:
seca, vazia,
arestas,
quinas,
fel
da língua.
(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Março, 29 de 2011
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A madrugada é sempre companheira da poesia, beijos.
ResponderExcluirMarlene...por debaixo de cada palavra sua há chamas, sim. Uma delícia ler vc!
ResponderExcluirBeijos,
a não-palavra é o ruído do silêncio. provar do fel às vezes é necessário.
ResponderExcluiré sempre bom poder viajar em tuas palavras, amiga.
beijo.
retrato das minhas noites insones
ResponderExcluirdas minhas fomes solenes
minhas insônias de pensamento
onde o momento me traz o breu
um lugar no seu
onde meus olhos abertos
são frestas e túneis
pra dentro de mim
sem fim.
Meu carinho, querida.
Sempre com suas pinturas lindas e versos espetaculares.
saudades daqui.
Meu carinho sempre
Samara Bassi
Como foi bom passear por este belo poema.
ResponderExcluirGrande abraço