quinta-feira, 28 de julho de 2011

Lápis-lazúli




Pendente no pescoço
o coração
pingente de lápis-lazúli
que me deu

A tarde se prende num fio invisível

Desprendo-me do sorriso
livro-me dos poemas
sem pena
a tarde se foi

Conservo o coração
em azul escuro
de lápis-lazúli

a noite se fez

(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Julho, 28 de 2011

6 comentários:

  1. Um poema doce aos olhos e aos próprios ouvidos, porque sentimos que o escutamos! Bjs e bom fim de semana!

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  2. uma pintura em tons de azul de uma delicadeza e uma sensibilidade ímpar.

    beijo, Marlene.

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  3. para onde o azul nos atrai?

    faço um rabisco
    um risco invertido
    como uma cordão vertendo
    azuis florais
    daquelas primaveras que
    azulejam minha íris
    colorindo a minha tinta
    de tantos marinhos
    e celestes
    pedra talismã
    no meu pescoço
    no meu ócio
    de acontecer verões
    cada vez mais azuis.

    Abraços, flores e estrelas... querida minha.

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  4. Que prazer conhecer a tua poesia...
    Linda!

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  5. Quanta beleza sinestésica! Adorei o poema.

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  6. Sigo este aqui também, são doces versos que encantam. Um abraço, Yayá.

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