domingo, 6 de março de 2011

Oquidões



Desordenado vento
revolto e obscuro a quebrar silêncios,
instabilizar oquidões,
salpico de hesitantes abismos.

Levou em turbilhão
poeira de estrelas,
turmalina de olhos marejados,
olho d’água,
redemoinhos, remansos,
fragmentos,
volúpia de ambíguo deleite.

De sonhos de montanhas
a pés fincados no chão:
rudeza do óbvio,
atalho de ilusório acorde
ampliado de tua imaginada voz
tingida de arco-íris.

Na tarde esvaecida, sei tão pouco,
de cigarras secas, de dança de folhas
movimento de avencas,
código das pedras.

E fico quase nada.

(imagem: aquarela de marlene edir severino)
Março, 6 de 2011

3 comentários:

  1. Marlene, creia...

    Desordenado vento,
    caos,
    a quebrar silêncios,
    revolvera vida,
    tua imaginada voz,
    para pôr ordem na
    vida
    e te trazer pramim...

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  2. Também estou por aqui, Marlene.

    Apreciando estas que também parecem lindas pinturas.

    Gosto por demais dos céus de Abril. Há uma leveza pueril e brisa leve que se estende até os vizinhos de junho, julho, agosto...

    Abraços, flores e estrelas...

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