Se é ausência
não sei
mas conheço bem
o vazio
da hora
no instante parado
cerimonioso
em que o dia termina
Nenhum som
sai da boca
nem palavra alguma
no preto da tinta
sobre o papel
nem promessa
habita
esse silêncio
Depois da cinza
remexida
sem viço a terra
fica
nenhum poema
brotou
(Imagem: fotografia de Marlene Edir Severino)
Abril, 04 de 2012
Também conheço esses vazios, mas do seu vazio brotou um poema repleto de sentido! Bjs e uma linda Páscoa!
ResponderExcluirLinda poesia, que fala de terreno tão árido... Parabéns e um grande beijo
ResponderExcluira terra queimada sugere a cinza no interior do olhar, mas por debaixo das imagens adiadas, o poema prepara a sua explosão em tons de primavera. assim se faz a sementeira poética.
ResponderExcluirbeijinho, marlene!
Apenas a vontade
ResponderExcluirficou (?)
Adorei o poema,
deslizante e
encantador!
Estou a segui-la.
Tenho para mim que, no instante em que finda o dia e começa a noite, existe um momento, ainda que muito breve, em que se vislumbra um nadinha de nudez das coisas. Apenas um momento, um momento muito breve...
ResponderExcluirBeijo :)
a silêncio assim, que custa...
ResponderExcluirbeijinho