Manhã de sábado:
um som de sax
da casa ao lado -
abrupto,
irrompe o ar.
Abro a janela
e os cômodos todos da casa
dormem.
Esqueço o armário de louça
aberto;
estupefatos,
ruídos cessam
e a rua
nua
veste-se de acordes,
enche de graves
tons do sax
a muda manhã.
Fevereiro, 4 de 2012
(Imagem: fotografia de Marlene Edir Severino)
Som que ilustra o dia.Lindo poema, beijos
ResponderExcluirQuem me dera um vizinho desses...
ResponderExcluiracordei abrupta
ResponderExcluirnesse acorde bruto
e singelo de soar distante
onde minha tez não iluminou o dia
e nem meu semblante compreendeu as notas
que o vizinho ao lado
tocou em cor, no por, de sol de lua...
de coração.
Meu carinho,
am
a vida e todas as suas circunstâncias. e a tela tinge-se com os matizes de cada fibra de pó.
ResponderExcluirbeijinho!
"...os cômodos da casa dormem"
ResponderExcluir- Dormem para sonhar vestindo as cores dos poemas. No silêncio, ouvem flores e manhãs.
O enredo dos pássaros,
ResponderExcluirsoa como canto do sax,
é belo e vangloria a
Manhã.
Fico a seguir,
Paz!