Madrugada que se arrasta,
o som da chuva na vidraça
e a escorrer lá fora
telhado abaixo
ensurdece ruídos
de cômodos vazios.
Dos balbucios da calada madrugada,
fica o descompasso
do desolado silêncio
que partiu.
(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Abril, 2011
Eu!
ResponderExcluirA vida me pariu
e depois,
me partiu.
Meu beijo, querida.
Uau! Uma perfeita integração entre a imagem (belíssima) e o texto. Sentido na pele, amiga!
ResponderExcluirbeijo.
puta que pariu!
ResponderExcluirque lindo!
Sem isso tudo e sem esse nada como poderiamos ser poetas? Desce chuva para lavar o telhado da amiga, para inspirar os passos na direção do teclado e desenhar seus momentos como dasabafo poético. Vejo que você também tem seu divã escrito, onde o terapeuta é a própria palavra.
ResponderExcluir:) ++ (: