domingo, 26 de janeiro de 2014

De sonhos recorrentes





Ainda sonha

com penhascos
resvalos na subida
pés em falso

Descida
em queda livre

arrasta
para baixo
um corpo sem comando
pesado

Acorda
em sobressalto

antes que o solo
abafe
a batida


Janeiro, 26 de 2014
Fotografia, Sidarta




5 comentários:

  1. MARLENE,

    acordar em sobressalto foi a grande chave para não abrir a porta de um queda inevitável.

    Excelente!

    Um abração carioca.

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  2. um tanto de corpo a submergir do esqueleto líquido das palavras...

    beijinho, marlene!

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  3. Ser poeta é ser tão sensível que é preciso, de vez em quando, acordar para não cair. A vertigem chama mas a sanidade segura.
    Lindo!
    Um beijo

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