Recorte do visível:
muro verde
imenso
pano de fundo
pronunciada presença
aranha alpinista
desce
invisível fio
Rabiscos de caracóis –
ilegíveis hieróglifos
grafados na umidade da manhã
Ar parado
num céu silencioso
Não fosse
esse resquício de azul
que escavei
e em outro céu
guardei
seria ainda cinza
esta manhã
Setembro,
07 de 2013
Fotografia,
Sidarta
Uma boa observadora da natureza pode fazer boa poesia.
ResponderExcluirÉ o teu caso.
Beijo, querida amiga Marlene.
Tua poesia é também uma aquarela, minha amiga. A delicadeza das construções, as nuances quase pastel das sonoridades, a evidência dos tons e das citações de ordem plástica nos conduz, naturalmente, a uma imagem poética saîda de pigmentos diluídos na água da emoção mais observadora.
ResponderExcluirUm especial deleite para mim apreciar tuas letras tão especiais.
Um abraço com carinho, Marlene, bonne journée!
André
Caramba, Marlene, só agora descobri que não era seu seguidor nem aqui no céu nem na terra além do quintal. Vai ver é por isso que minha vida anda (andava!) um inferno...
ResponderExcluirPelo menos cheguei em boa hora, a tempo de azular das teias diabólicas nas asas desse seu outro céu. (Que imagem esse resquício de azul escavado!)
Beijos